segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Moral
Assistimos no mundo de hoje a um apelo à diversão que começa com as crianças de idade mais tenra. Desenhos animados, brinquedos e livros infantis, vários meios e canais de comunicação escondem uma realidade dos mais pequenos. A violência autêntica é há anos substituída por uma visão apelativa, falsa e perigosa de uma realidade que se quer, acredito, melhorada.
Os conceitos de guerra, dor, miséria e sofrimento, entre outros, são banalizados pelo sorriso do herói, pelo colorido que sai das armas que disparam feixes de luz aparentemente inofensiva eliminando os “maus” sem horror ou repulsa.
Escondem-se das crianças os verdadeiros horrores inerentes à guerra, preparam-se as novas gerações para o mercado, para a compra e venda, para o conflito e para a competição, deixam-se de lado o verdadeiro ensino e a aprendizagem para se impor uma visão distorcida e estreita do mundo. Desaconselha-se que se exponham as crianças à miséria alheia, à sua própria condição humana, enaltecem-se os feitos heróicos de líderes num conflito, escondendo-se os horrores da fome e da morte causados pelos dirigentes insensatos. Dirigentes esses vistos, numa grande maioria das vezes, eles próprios como heróis.
Há que mudar de paradigma, com o perigo de nos tornarmos – enquanto sociedade – numa amálgama de gente sem visão, sem sonhos e sem amor.
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