Junto-me às não-pessoas ao acordar. Depois de algumas horas de viagens pelo cosmos, regresso ao mundo cinzento daqueles que sonham um dia com o ultrapassar de uma fasquia: serem um dia pessoas.
Cai um trovão em cada letra. Sopra um vento de morte em cada palavra imaginada, em cada sopro vazio em direcção nenhuma. Uma não-pessoa emerge da cerveja deixada na mesa.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Órfãos
O Verão de 2014 aproxima-se do seu fim. Está também assim mais próximo o fim do mundo para mim e para tudo o que durante uma vida pensei. Deixo órfãs todas as ideias do meu cérebro, todos os meus pensamentos, as tentativas de criação de uma expressão pessoal. Deixo órfãos todos os meus leitores ainda por nascer.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Escada
Uma escada descendente como um nascimento. Passo após passo, descemos os degraus em direcção a um futuro vazio. É-nos colocado um poço no vértice final da escadaria, para que a impossibilidade de retorno seja mais do que um sonho. Até já.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Fénix
Ruído e população no ar. Paira sobre mim uma onda que me abafa neste ar agressivo, corrói da mesma forma o meu corpo e as casas velhas, as janelas e os suportes de pedra e madeira ainda de pé.
Não existem diferenças entre o dia e a noite, o planeta prende-se ao Sol já há anos. Mas ainda é possível modificar esta união. E quem és tu, pequeno vendedor, corpo morto animado pela luz de um sol defunto?
Não existem diferenças entre o dia e a noite, o planeta prende-se ao Sol já há anos. Mas ainda é possível modificar esta união. E quem és tu, pequeno vendedor, corpo morto animado pela luz de um sol defunto?
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